A equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) já definiu as principais apostas neste início oficial de campanha: dizer que há reação na economia e seguir na chamada “guerra santa” contra o ex-presidente Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto. Pesquisa Datafolha divulgada em julho mostrou Lula em primeiro lugar, com 47% das intenções de voto, e Bolsonaro em segundo, com 29%. Pesquisa Ipec divulgada nesta semana também mostrou Lula em primeiro lugar, com 44%, e Bolsonaro, com 32%.
Nesta terça-feira (16), dia da abertura oficial da campanha, Bolsonaro já deu demonstrações do eixo que adotará na campanha: disse que o desemprego vai cair para 8% em setembro (está em 9,3%) e voltou a criticar o fechamento de igrejas durante a pandemia. O governo apostava na reação da economia no início deste ano, vitaminando a candidatura de Bolsonaro.
Mas o cenário econômico começou a mudar a partir da segunda metade do semestre. Em maio, por exemplo, o desemprego caiu para 9,8%. E, no mês passado, foi registrada deflação de 0,68% (no acumulado de 12 meses, porém, a inflação acumula alta de 10,07%). A equipe de campanha avalia que o presidente, no início da propaganda eleitoral na TV e rádio, terá o que “vender” para o eleitorado. Esses dados, na avaliação de assessores presidenciais, acabam funcionando como uma vacina contra a estratégia do ex-presidente Lula, que deseja focar a campanha também na economia.
‘Guerra santa’
No caso da “guerra santa”, estratégia de Bolsonaro para buscar o apoio de eleitores evangélicos, o presidente conta com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que tem participado de eventos ao lado do marido. Ela subiu o tom e chegou a dizer que o Palácio do Planalto estava “consagrado a demônios”. A pesquisa Ipec divulgada nesta semana mostrou Bolsonaro liderando sobre Lula neste segmento do eleitorado: 47% a 29%.
Por Valdo Cruz, G1
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